sexta-feira, 19 de março de 2010


O ICMBIO E A POLÍTICA AMBIENTAL QUE OPRIME O CIDADÃO E DESPREZA A NATUREZA


Publicado em 19/03/10 por Celia Borges (Visite o site!)

A política ambiental do país, sob o comando do Ministério do Meio Ambiente e exercida pelas instituições a ele vinculadas, deveria proteger o patrimônio natural ainda existente, e zelar para reduzir o impacto do crescimento populacional e das necessidades econômicas dele resultantes, sobre o meio ambiente.

O assunto é complexo, as exigências são prementes, e as prioridades precisam ser definidas com extrema responsabilidade, diante dos limitados recursos disponíveis para essas finalidades.

O problema é que temos uma política ambiental, e não uma gerência, ou uma administração ambiental, que é do que precisamos. E quando a política entra na questão, vira uma questão política como outra qualquer. E quando o meio ambiente se transforma numa questão política, o país e a população se tornam reféns de interesses que têm pouco ou nada a ver com aquilo a que ela se destina, que é a preservação da natureza.

Uma gestão ambiental entregue a apadrinhados políticos, em detrimento de profissionais competentes e experientes na área, não há como não ser mais política do que propriamente ambiental.

E é isso o que podemos ver, em todos os níveis do atual governo para o setor: um “oportunismo ambiental”, que apenas finge que se destina à preservação, e que atira sua incompetência para todos os lados, criando problemas, ao invés de apresentar soluções.O caso do Parque Nacional do Itatiaia, a mais antiga reserva ambiental do país – criada em 1937 – é apenas um, entre os inúmeros exemplos pelo país afora, onde a intervenção do ICMBio se esmera em provocar conflitos, nesse caso pelo menos, desnecessário. Apesar de poder dispor de uma área de mais de 28 mil hectares de mata, no Maciço do Itatiaia/Serra da Mantiqueira, aquele órgão se dispõe a gastar alguns milhões de reais para desapropriar as propriedades de uma área de menos de 2 mil hectares, do Núcleo Colonial do Itatiaia, uma comunidade que existe desde 1908, portanto há mais de cem anos. E 29 anos mais antiga do que o próprio parque.O programa de manejo apresentado para o Parque Nacional do Itatiaia, em junho de 2007, por ocasião dos 70 anos daquela unidade de conservação é, para dizer o mínimo, surpreendente, diante daquelas que deveriam ser as prioridades da gestão ambiental. Admirado internacionalmente por suas características biológicas – riquíssimas em diversidade – e geológicas, o Maciço do Itatiaia tem tido grandes extensões de mata nativa destruídos por incêndios, ano após ano, com comprometimento irrecuperável da fauna. Além da ação de caçadores e palmiteiros, predadores tão ou mais nocivos, por serem constantes.Há décadas as populações do entorno do Parque, em especial os moradores do Núcleo Colonial do Itatiaia – que tanto se empenharam, nesses cem anos, em preservar a natureza e recuperar a cobertura vegetal em suas propriedades –assistem impotentes, e aguardam ansiosamente, por medidas que impeçam, ou pelo menos reduzam o impacto de tal devastação. A criação de uma Brigada de Incêndios, treinada e equipada para intervenções em emergências, e uma Guarda Florestal suficiente e eficiente, são algumas das reivindicações dessas comunidades, e para as quais nunca houve recursos.Assim, uma proposta que dá prioridade ao gasto de alguns milhões de reais na desapropriação de propriedades particulares, que representam menos de 2% da área total da reserva, em medida que fere a legislação, para ali criar um “complexo de educação e lazer” com objetivos comerciais, se constitui numa pura e simples inversão de valores. Os hotéis que já existem, continuariam sendo hotéis, apenas administrados por outras pessoas. Um deles pode ser transformado num centro universitário, de Diversidade e Gastronomia (sendo que esse último destinado à pesquisa culinária de espécies selvagens) para 1.500 estudantes num fluxo diário, além de professores e funcionários. Há previsão de áreas de camping, e atividades esportivas, com impacto muito maior do que o eventualmente provocado pela estrutura atual. Os objetivos e responsabilidades de uma gestão ambiental comprometida com a natureza, estão sendo completamente desprezados. Mais grave ainda, estão sendo desconsiderados os aspectos históricos, culturais e sociais que envolvem essas comunidades. Além dos científicos, dos quais nossas ilustres autoridades não querem nem ouvir falar. Uma política ambiental baseada na ignorância e na arrogância, exercida por quem, sem mais o que fazer, precisa mostrar trabalho e impor sua inadequada autoridade. Em Itatiaia – como em alguns outros lugares com problemas semelhantes – a comunidade decidiu se mobilizar e reagir. Em janeiro foi dada entrada na Justiça Federal de Resende, de uma proposta de Ação Civil Pública, visando restabelecer os aspectos legais para a aplicação do programa do ICMBio, apresentado através do Instituto Chico Mendes. A ação, da Associação dos Amigos do Itatiaia, que representa os moradores do Núcleo Colonial do Itatiaia, foi medida extrema, depois de mais de dois anos de frustradas tentativas de diálogo. A AAI propôs inicialmente a reclassificação da área para Monumento Natural, de forma a se enquadrar na condição de reserva ambiental, mas sem a necessidade das desapropriações, mas não foi considerada. Para a associação, essa opção traria inúmeras vantagens, pois cumpre a lei, não onera a União, não tem impacto ambiental, e preserva o patrimônio histórico, cultural e social do núcleo e da comunidade do município. Mas, o caso de Itatiaia é apenas um, entre muitos. A criação do Parque Nacional Altos da Mantiqueira, por exemplo, cuja proposta é transformar uma área de 87 mil hectares na Serra da Mantiqueira, entre São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, em uma unidade de conservação integral, vem provocando protestos e descontentamento dos proprietários e autoridades ambientais locais. O projeto do governo federal, coordenado pelo Instituto Chico Mendes, pretende abranger áreas urbanas e propriedades rurais que se encontram dentro dos limites do projetado parque.Os proprietários de terras na região reclamam por terem sido surpreendidos com a proposta, que não levou em consideração a opinião e os interesses dos moradores e dos municípios. O projeto prevê, além de desapropriações, o fechamento de estradas vicinais. O Parque abrange 16 municípios, sendo nove deles no Vale do Paraíba paulista – Campos de Jordão, Cachoeira Paulista, Cruzeiro, Guaratinguetá, Lavrinhas, Pindamonhagaba, Piquete, Queluz e Santo Antonio do Pinhal. Depois de intensa mobilização, população e autoridades conseguiram reunir-se no dia 12 de março passado, inclusive com representantes do ICMBio, tendo sido criado um grupo de trabalho, para discutir a proposta e soluções alternativas.No estado de Minas Gerais também existem reações, tanto com relação ao Parque Altos da Mantiqueira quanto pela expansão do Parque Nacional do Itatiaia, com considerável número de municípios afetados nas duas frentes, sob ameaça de desapropriações e sujeitos à atitudes autoritárias, como o caso da Pousada dos Lobos, em Itamonte, cuja interdição pelo Instituto Chico Mendes vem sendo alvo de protestos e descontentamento. Outro ponto de conflito, também em São Paulo, é a região da Juréia-Itatins, segundo maior maciço preservado de Mata Atlântica no estado. Criada em 1986, a estação biológica engloba também parte dos municípios de Iguape, Peruíbe, Miracatu e Itariri, somando 82 mil hectares. Num esforço para manter os moradores na região, o governo estadual implantou há quatro anos um conjunto de áreas protegidas, de uso sustentável e proteção integral, unidas nos cerca de 110 mil hectares, no chamado Mosaico de Juréia-Itatins. Em ação proposta pelo governo federal, o Supremo Tribunal de Justiça de São Paulo, em junho do ano passado, considerou inconstitucional o bloco de unidades de conservação. A decisão desmontou o mosaico, reativou a estação biológica de 1986, e abriu nova discussão sobre o futuro da área, envolvendo moradores, especuladores imobiliários, conservacionistas, pesquisadores, e os governos estadual e federal.Outras áreas de conflito se multiplicam pela país, diante de uma política ambiental que se esmera em atuar de forma unilateral, dando prioridade às desapropriações de propriedades particulares, e ao deslocamento das populações já estabelecidas, e deixando em segundo plano as medidas – e recursos – que garantam a preservação do patrimônio natural ainda existente. Nossa tão admirada diversidade encontra-se ameaçada, na acelerada extinção de espécies da flora e da fauna, mas para sua proteção não existem recursos.Em outros pontos do país, como no nordeste, existem áreas de preservação ambiental que vem sendo invadidas, para a construção de mansões, como é o caso dos Lençóis Maranhenses. São invasões promovidas por representantes da classe política, de autoridades do governo, e de seus protegidos, cuja impunidade se encontra garantida. Os representantes do Instituto Chico Mendes, nesses locais, dizem apenas que não há recursos para fiscalizar e coibir esses abusos. Nunca há recursos para o que é indispensável… mas sobram para desapropriar o que é alheio, em iniciativas inúteis e desnecessárias.


Célia Borges

Prefeitos e moradores reclamam do parque Altos da Mantiqueira

Da Redação, com informações do Jornal da Band
brasil@eband.com.br

CLIQUE E ASSISTA A REPORTAGEM COM JOELMIR BETING:

http://www.band.com.br/jornalismo/brasil/conteudo.asp?ID=278124

Prefeitos e moradores de cidades que podem ter áreas desapropriadas para a criação do Parque Altos da Mantiqueira tentam modificar a proposta, pois temem perder os imóveis.

Algumas construções foram construídas seguindo todos os critérios exigidos por leis ambientais, mas ainda assim correm risco.O Parque Nacional Altos da Mantiqueira tem o objetivo de preservar as áreas de Mata Atlântica nas divisas dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Abrange áreas de 16 municípios, sendo dez deles só no Vale do Paraíba.

O Parque terá 86 mil hectares, o equivalente a 90 mil campos de futebol.Pela proposta inicial, Guaratinguetá seria uma das cidades mais atingidas no Vale do Paraíba.
Cerca de 20% da área total do município passaria a fazer parte do novo parque. Pela primeira vez, todas as partes envolvidas na questão, governo federal, prefeituras, entidades e organizações da sociedade civil estiveram reunidas. Alguns moradores já se mobilizaram para encaminhar a proposta de um novo desenho para o parque.
Segundo o secretário de Meio-ambiente de Guaratinguetá, está prevista para o próximo dia 30 uma nova reunião para que as prefeituras apresentem os levantamentos das áreas que podem ser afetadas.
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Mudanças nos rumos do projeto

sábado, 13 de março de 2010

clique aqui e assista ao vídeo:

Criação do Parque Nacional da Mantiqueira.

Reunião realizada em Guaratinguetá, com instituto Chico Mendes, define mudanças nos rumos do projetoRepresentantes e prefeitos dos municípios diretamente envolvidos na área da Serra da Mantiqueira, onde o governo federal pretende criar o “Parque Nacional dos Altos da Mantiqueira”, participaram nessa sexta-feira 12/03 na Faculdade de Engenharia da Unesp, em Guaratinguetá.
O deputado estadual Padre Afonso Lobato (PV), também participou e considera que a disposição do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em rever o cronograma e reiniciar as discussões com a participação da comunidade é um avanço importante.

“Chegou ao que a gente pretendia. Conseguimos reverter uma situação que era muito grave, pois queriam impor as condições para implantar o parque”, disse Padre Afonso. De acordo com o que ficou acertado na reunião, novos dados serão levantados e em 90 dias, no máximo, novas audiências públicas serão realizadas.

“Tudo vai depender do andamento dos estudos”, disse Padre Afonso. Na última segunda-feira, Padre Afonso e deputados da Frente Parlamentar em Defesa do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira, se reuniram em Campos do Jordão, com prefeitos, representantes de órgãos públicos e Ongs, para uma primeira conversa.Dispostos a apoiar os municípios, os deputados se comprometeram a ajudar na pressão contra a decisão do Governo Federal. Uma carta foi elaborada para ser entregue a diversos órgãos governamentais, pedindo que o processo fosse revisto.“O impacto socioeconômico de uma medida dessas é muito grande”, disse Padre Afonso Lobato, presidente da Frente, que coordenou o encontro. Colaborou com as informações assessoria de imprensa do deputado

ASSISTA AO VÍDEO: http://jornalcr.blogspot.com/2010/03/criacao-do-parque-nacional-da.html

Postado por JORNAL COMUNICAÇÃO REGIONAL - VALE DO PARAIBA às 07:34

Novo cronograma amplia debate sobre a preservação dos Altos da Mantiqueira


Um novo cronograma de debates para a criação do Parque Nacional dos Altos da Mantiqueira está tranqüilizando moradores, fazendeiros e proprietários da região.
Esta decisão foi anunciada em reunião realizada na Faculdade de Engenharia da UNESP de Guaratinguetá, no último dia 12, pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão do Ministério do Meio Ambiente, que conduz o processo. A ampliação dos prazos vem ao encontro de proposta defendida por moradores, comerciantes, proprietários, prefeitos e deputados da Frente Parlamentar de Apoio aos Municípios do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte.
Estes setores acham necessário avançar nas discussões quanto a melhor formatação de defesa da biodiversidade dos Altos da Mantiqueira.A reunião contou com a presença de deputados estaduais da Frente Parlamentar, representantes técnicos de prefeituras, ambientalistas e do diretor do ICMBio, Rogério Rocco.
Da Frente Parlamentar participaram os deputados Afonso Lobato (PV), presidente, Carlinhos Almeida (PT) e Mozart Russomanno (PP). Segundo o representante do ICMBio, não há interesse do governo federal em criar unidades de preservação de áreas já ocupadas ou em terras produtivas “Se num primeiro momento a proposta original assustou a sociedade, o processo de consulta serve exatamente para que a sociedade venha interferir e sugerir um novo desenho”, disse Rocco.
O projeto de criação do Parque Nacional foi apresentado em outubro de 2009 pelo (ICMBio) O Parque teria 86 mil hectares de área de preservação integral e envolve 14 municípios dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Pelo cronograma original, os debates se encerrariam já na próxima semana. “Todos são a favor da preservação da mata atlântica e dos mananciais da serra da Mantiqueira.
A voz geral era a necessidade de buscar o entendimento sobre a melhor forma de preservá-la.
Como estamos mudando o cronograma, a situação anterior está sendo superada”, comentou o deputado Carlinhos Almeida (PT). Desde o primeiro momento em que surgiram questionamentos quanto à forma que o processo estava sendo conduzido, Carlinhos se posicionou pelo diálogo. A pedido do prefeito de Guaratinguetá, Júnior Filippo, o deputado e o senador Aloizio Mercadante articularam reunião em Brasília no dia 10 de fevereiro passado com o presidente do ICMBio, Rômulo José Fernandes Barreto Mello.Durante essa reunião, Barreto Mello disse que o Instituto abriria diálogo com prefeitos e a comunidade envolvida e que estudaria a revisão do cronograma, o que acabou acontecendo no encontro da última sexta-feira em Guaratinguetá.
Neste encontro, Carlinhos sugeriu a participação das prefeituras no grupo técnico que irá definir o melhor modelo de preservação da Mantiqueira.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Frente Parlamentar garante apoio aos municípios para rediscussão do Parque Nacional Altos da Mantiqueira

foto tirada na consulta pública realizada em Delfim Moreira-MG dez/09
Frente Parlamentar garante apoio aos municípios para rediscussão do Parque Nacional Altos da Mantiqueira
Reunião coordenada pelo deputado padre Afonso Lobato (PV) reune prefeitos e ongs; documento será encaminhado ao governo federal

Deputados da Frente Parlamentar em Defesa do Vale do Paraíba, reunidos com prefeitos dos municípios de Campos do Jordão, Santo Antonio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, Piquete, Guaratinguetá e Queluz, além de representantes de Pindamonhangaba e outros municípios decidiram solicitar ao Governo Federal, que paralise o processo de implantação do Parque Nacional Altos da Mantiqueira.

O encontro aconteceu na manhã de segunda-feira, 8, em Campos do Jordão, e representou a indignação dos prefeitos com a forma como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) vem tentando impor o projeto.

Os prefeitos alegam que não foram ouvidos e, embora sejam favoráveis a qualquer iniciativa para a preservação ambiental, entendem que há outras formas de preservação, menos restritivas.

“O impacto socioeconômico de uma medida dessas é muito grande”, disse o deputado estadual Padre Afonso Lobato, presidente da Frente, que coordenou o encontro.

“Os dados são inconsistentes e há um amadorismo incrível na condução desse processo”, afirmou o prefeito de Guaratinguetá, Junior Felippo.

O parque, que deve ocupar uma área de 87 mil hectares, sendo 65% no Estado de São Paulo, vai abranger 20% do município.No caso Piquete serão 40% do território a serem abrangidos pela área demarcada do parque.

“Há produtores rurais que estão em dúvida se investem ou não em suas propriedades”, disse o prefeito Otacílio Rodrigues.

Para o prefeito de Queluz, José Celso Bueno, o problema maior é a falta de seriedade demonstrada até agora pela equipe que coordenada a implantação.

Ele afirma que, em reunião realizada em Brasília, os técnicos do ICMBio demonstraram estar inflexíveis aos questionamentos.

“Uma coisa que me preocupa muito é o cinismo dos técnicos que falam como se todas as etapas necessárias, inclusive a participação dos municípios, tivessem sido cumpridas”, disse.

Os prefeitos e a Frente Parlamentar também irão cobrar um posicionamento do governo do Estado.

CARTA

Para formalizar a decisão de freiar as pretensões do Governo Federal, os participantes do encontro elaboraram uma carta, que deverá acompanhar outro documento mais completo, preparado um grupo de trabalho formado por técnicos de várias prefeituras, coordenados por Urbano Patto, de Pindamonhangaba, e Washington Luiz Agueda, de Guaratinguetá.“Esse encontro deve ser um marco da união de forças contra a proposta.

Vamos garantir todo o apoio político aos prefeitos e á comunidade desses municípios, que agora precisam estar muito bem articulados.”, disse Padre Afonso.

Na carta, os signatários exigem que o processo “seja conduzido de forma a permitir a participação de todos os atores interessados, sendo necessário para tal o estabelecimento de novo cronograma, a ser construído conforme foi acertado na reunião em Brasília com prefeitos, ICMBio e parlamentares.”

“Queremos que a questão do parque seja rediscutida. Do jeito que a proposta está hoje, nós somos contra”, afirmou Agueda, que é secretário do Meio Ambiente de Guaratinguetá.

Fonte: Diário de Taubaté

quarta-feira, 10 de março de 2010

Pinda participa de discussão sobre criação do Parna da Mantiqueira




09/03/2010
Pinda participa de discussão sobre Parque da Mantiqueira,
em Campos do Jordão

A Prefeitura de Pindamonhangaba está participando ativamente das discussões em torno da implantação do Parque Nacional Altos da Mantiqueira, proposta pelo ICMBio - Instituto Chico Mendes, criado há cerca de três anos pelo Ministério de Meio Ambiente, em lugar do antigo Ibama.
Na última segunda-feira (8), foi realizada uma reunião em Campos do Jordão, no Hotel Home Green Home, com a Frente Parlamentar, prefeitos, integrantes de Ongs e proprietários rurais. Pindamonhangaba foi representada na reunião pela vice-prefeita Myriam Alckmin, secretário de Governo eng. Arthur Ferreira dos Santos, diretor de Governo eng. Carlos Henrique Marcondes “Kalik” e coordenador de gestão estratégica Urbano Patto. Além dos representantes de Pinda, participaram os prefeitos de Santo Antonio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, Campos do Jordão, Queluz, Guaratinguetá e Piquete, o representante do Deputado Federal Marcelo Ortiz (PV) e do superintendente do Codivap (Consórcio de Desenvolvimento Integrado do Vale do Paraíba, Mantiqueira e Litoral Norte).
A Frente Parlamentar do Vale do Paraíba, liderada pelo deputado estadual Padre Afonso Lobato (PV), contou com a presença também dos deputados Luiz Carlos Gondim (PPS), Carlinhos Almeida (PT), Hélio Nishimoto (PSDB) e Samuel Moreira (PSDB).
Em suma, todos os presentes na reunião foram contra a forma como o Ministério do Meio Ambiente esteve, até agora, conduzindo as discussões para possível implantação do parque. Criou problema, também, a visita do Instituto Oikos às cidades, para reuniões com as comunidades rurais, sem entrar em contato com as prefeituras.
A partir desta reunião, foi formado um grupo único de trabalho. Ficou definido, entre outras ações, que deverá haver envolvimento efetivo dos prefeitos das outras cidades que também terão terras dentro da área do parque, além de municiar a imprensa com mais informações e a viabilização de uma audiência com diversas autoridades, entre elas o secretário de Agricultura de São Paulo, João Sampaio, e o secretário de Meio Ambiente do Estado, Xico Graziano.

Padre Afonso e Frente Parlamentar mobilizam prefeitos para avaliar impactos do Parque Nacional Altos da Mantiqueira

Padre Afonso e Frente Parlamentar mobilizam prefeitos para avaliar impactos do Parque Nacional Altos da Mantiqueira

Sex, 05 de Março de 2010 18:34 Assessoria Padre Afonso

Deputados estaduais da Frente Parlamentar em Defesa do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira, presidida pelo deputado Padre Afonso Lobato (PV), prefeitos dos municípios de Queluz, Cruzeiro, Cachoeira Paulista, Piquete, Guaratinguetá, Pindamonhangaba, Campos do Jordão, Santo Antonio do Pinhal e São Bento do Sapucaí e outras lideranças regionais, se reúnem na próxima segunda-feira, dia 8, para discutir a implantação do Parque Nacional Altos da Mantiqueira (PNAM). “Nós continuamos sendo plenamente favoráveis à preservação do meio ambiente e sabemos o quanto é importante essas ações, mas não podemos aceitar uma coisa que seja imposta. O assunto tem que ser mais discutido com a sociedade”, disse Padre Afonso. Na sua avaliação, o projeto foi apresentado no “apagar das luzes de 2009”, num momento pouco propício para a discussão. Segundo o deputado, também será discutida na reunião uma forma de cobrar um posicionamento do governo estadual. “Queremos saber o que pensa o secretário do Meio Ambiente e como o governo pode intervir”, afirmou. Padre Afonso entende que não só o aspecto ambiental deve ser considerado, mas também os impactos sociais e econômicas da medida. DISCÓRDIANo dia 12 de dezembro, numa audiência pública realizada em Pindamonhangaba, ficou visível a discórdia em relação ao tema. Representantes do Instituto Chico Mendes tiveram dificuldade em explicar o projeto e a reunião foi terminou sob protesto. Na ocasião um dos prefeitos mais indignados com forma como o processo vem sendo conduzido foi o prefeito de Guaratinguetá, Junior Felippo. "Não houve uma consulta aos municípios. Parece que a proposta está sendo colocada pelo governo goela abaixo", disse o prefeito, na ocasião. A prefeita de Campos do Jordão também protestou, lembrando que a cidade já tem um parque estadual, que dá muito trabalho para ser mantido. O PARQUEA demarcação do parque é uma proposta do governo federal. O projeto contempla a implantação de uma unidade de conservação ambiental em uma área de 87.379,1 hectares, compreendida no perímetro de 16 municípios nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.No eixo paulista, o parque será composto por terras de nove municípios, todos localizados no Vale. O trecho de São Paulo reúne a maior extensão destinada a 'reservas': 57.363,9 hectares, o equivalente a 65,6% da área total do projeto.Integram o parque as cidades de Campos do Jordão, Cachoeira Paulista, Cruzeiro, Guaratinguetá, Lavrinhas, Pindamonhangaba, Piquete, Queluz e Santo Antônio do Pinhal.

REUNIÃO A reunião da Frente Parlamentar com prefeitos e demais lideranças acontece a partir das 9h30, no Hotel Home Green Home, á rua Adolfo Torresin, n.º 800, no Alto do Capivari (Estrada do Pico do Itapeva) e estará aberta à participação dos interessados no assunto.

Leia mais: http://www.plugadosnews.com.br/geral/7656-padre-afonso-e-frente-parlamentar-mobilizam-prefeitos-para-avaliar-impactos-do-parque-nacional-altos-da-mantiqueira.html#ixzz0hmLtjvXq Fonte: Portal Plugados News

terça-feira, 9 de março de 2010

Jornal da Band-Parque Nacional Altos da Mantiqueira gera polêmica-


Da Redação, com informações do Jornal da Band
brasil@eband.com.br

Segunda-feira, 8 de março de 2010 - 20h35
Parque Nacional Altos da Mantiqueira gera polêmica


Os deputados da frente parlamentar do Vale do Paraíba trabalham para impedir a criação do Parque Nacional Altos da Mantiqueira, que vai atingir dezesseis municípios de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.


Seriam afetados mais de 87 mil hectares, o que equivale a 90 mil campos de futebol. Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, seria a cidade mais afetada. Em Campos do Jordão, o projeto do parque nacional envolve menos de 1% do território total da cidade.


Ainda assim, os trabalhadores rurais são a maior preocupação do Executivo. No Pico do Itapeva, que está incluído na área de desapropriação, cerca de 100 famílias podem ser prejudicadas.
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Clique aqui para ver a reportagem:



quinta-feira, 4 de março de 2010

Tese mostra que fazendas produtoras de madeira de reflorestamento podem colaborar com recomposição da fauna e flora


A idéia de que as plantações de pinus são um “deserto verde” está cada vez mais sendo derrubada. Uma tese de doutorado desenvolvida junto ao Laboratório de Restauração Ambiental Sistêmica da UFSC colabora com essa visão. A pesquisa ligada ao Programa de Pós-Graduação em Recursos Vegetais comprova que mosaicos formados por talhões de pinus, manchas de florestas nativas de reservas legais e extensos corredores de áreas ciliares formam um ambiente conectado e em processo de restauração da diversidade de flora e fauna. O estudo foi desenvolvido pela bióloga Deisy Regina Tres, sob orientação do professor Ademir Reis, do Departamento de Botânica da UFSC. Foi também executada em parceria com a empresa Battistela Florestal, em fazendas produtoras de pinus em Rio Negrinho, Planalto Norte Catarinense. A região estudada era coberta por áreas contínuas de Floresta de Araucária, com submata dominada principalmente pela Imbuia, Sapopema e erva-mate. Atualmente a paisagem está fragmentada entre o plantio de pinus e remanescentes de florestas, mas o estudo demonstra que ainda assim tem grande potencial para recuperação e conservação. Paisagem investigada De acordo com a bióloga, as investigações realizadas a partir de uma série histórica entre os anos de 1957 e 2005 apresentam atualmente um cenário sustentável e equilibrado para as fazendas produtoras de madeira. O atual conjunto de legislação ambiental (especialmente o Código Ambiental, que exige áreas de reserva legal e a manutenção de áreas ciliares) e as exigências das empresas certificadoras, somando-se às peculiaridades da geomorfologia da Região Norte do planalto catarinense, resultaram em uma ocupação de no máximo 50% da região com a plantação de pinus. Os outros 50% são áreas de florestas remanescentes. A partir da construção de uma série de mapas e análise das medidas das regiões ocupadas pela silvicultura e florestas naturais, assim como dos corredores de matas nativas, a bióloga analisou a estrutura dessa paisagem. Além disso, o estudo contemplou o estudo dos fluxos ecológicos entre estas regiões, por meio de técnicas como a coleta da chuva de sementes, registro fotográfico da fauna silvestre e de sinais como fezes, pegadas e abrigos. Com o cruzamento das informações, a bióloga estimou o que tecnicamente os pesquisadores chamam de “conectividade funcional do mosaico”. A conectividade é definida como a capacidade de uma paisagem de facilitar os fluxos de organismos, sementes e grãos de pólen. Os resultados mostram que mesmo os talhões de pinus são regiões potenciais para a conectividade, favorecendo a integração entre os fragmentos de mata remanescentes. Trânsito animal “Estes talhões atuam como facilitadores dos fluxos biológicos, como a dispersão de sementes pelas aves e o deslocamento de mamíferos, quando comparados às áreas desmatadas, de pastagem ou culturas agrícolas.”, explica Deisy. “Ao mesmo tempo em que uma espécie de gavião frequenta uma área de floresta, acessa áreas de pinus em busca de pequenos roedores que utilizam os talhões como áreas de refúgio. Herbívoros como o veado, pela sua dieta estar baseada praticamente no consumo de plântulas, foram detectados em todas as unidades estudadas”, exemplifica a bióloga. Seus levantamentos revelam que animais que se alimentam tanto de produtos de origem animal como vegetal, como o cachorro do mato, quati, tatu e algumas espécies de aves transitam por todos os ambientes, inclusive estradas abertas para manejo das fazendas produtoras de madeira. “Esse tipo de comportamento sugere a possibilidade de conexão entre as áreas nativas e cultivadas da paisagem, uma vez que tende a tornar a matriz de pinus mais porosa aos fluxos específicos de abrigo e dissipação de energia, e, por outro lado, aumenta a probabilidade de conectividade entre as manchas remanescentes de mata nativa”, descreve Deisy em sua tese. Fluxos biológicos O trabalho mostra também que a probabilidade de organismos conseguirem atravessar os talhões de pinus, alcançando as áreas naturais de habitat, é aumentada à medida que a paisagem se torna mais diversificada, com manchas de variados tamanhos e variadas distâncias. E na região estudada a grande quantidade de córregos e riachos resultou em uma rica densidade de corredores de vegetação ciliar que integra as diferentes áreas das fazendas. A bióloga defende que essa paisagem entrecortada e a irregularidade de formas das manchas de pinus tende a aumentar o contato entre a matriz produtiva de madeira de reflorestamento e a vegetação natural remanescente. Além disso, o estudo mostra que o efeito borda, geralmente considerado como um dos problemas para a manutenção da biodiversidade em Unidades de Conservação, é positivo dentro das fazendas de reflorestamento. “Estas bordas permitiram uma maior superfície de contato dos ambientes naturais com os talhões de pinus, permitindo maiores fluxos biológicos dentro da paisagem”, conta Deisy. Do ponto de vista técnico, descreve a bióloga, “a diversidade do arranjo estrutural da paisagem estudada potencializa sua diversidade funcional”. E até mesmo o sistema viário das fazendas produtoras de madeira desempenha papel de conexão entre áreas de vegetação nativa e talhões de pinus. A bióloga observou, por exemplo, que as estradas representam subdivisões entre os talhões, formando várias quadriculações na paisagem. “Esta configuração gera áreas de contato entre as unidades, aumentam o contato das bordas de pinus com as áreas de floresta e capoeira”, explica Deisy, que analisou a paisagem do planalto norte catarinense a partir de uma visão sistêmica, contemplando elementos históricos, físicos e ecológicos. Ela defende a concepção de que a paisagem é produto da relação histórica do homem com os elementos formadores da paisagem, como o clima, o relevo, solo água, vegetação e diferentes usos da terra. Novo paradigma de conservação Na visão da bióloga, um cenário de sustentabilidade para as fazendas produtoras de madeira exige a continuidade dessa perspectiva sistêmica e, necessariamente, a inclusão do fator humano como parte integrante da paisagem e corresponsável por sua conservação e restauração. “É necessário problematizar as situações do nosso tempo, enfrentado as complexidades. As paisagens e suas conectividades se inserem em realidades ainda pouco exploradas pela ciência, especialmente as ciências baseadas em metodologias sistêmicas que incluam, além de tantos outros componentes, o elemento humano com potencial modificador e possível restaurador dos processos naturais”, defende a autora da tese. “Um novo paradigma para a conservação é levantado por esta pesquisa, uma vez que ficou evidente que as fazendas produtoras de madeira, com seus aspectos produtivos e conservativos, representam grandes núcleos de diversidade biológica e potenciais para a integração da paisagem dentro da região estudada, o planalto norte catarinense”, defende o orientador do trabalho, professor Ademir Reis. Ele acredita que a tese traz uma importante contribuição ao tema da restauração ambiental, assunto recente, que ainda depende de bases ecológicas sólidas e de experiências de campo. E destaca seu entendimento de que o ato de restaurar não deve ser compreendido como sinônimo de refazer ecossistemas, mas como uma possibilidade de reorganizar a comunicação entre as diferentes dimensões da paisagem natural, conciliando as necessidades do homem. Nesta perspectiva, defende, “o planejamento de forma conjunta dentro do setor florestal, envolvendo outras regiões do Sul do Brasil, poderá trazer significativos avanços no sentido de propiciar uma produção sustentada de madeira para suprir as necessidades da sociedade. “As fazendas de pinus tendem a atuar como grandes regiões nucleadoras na paisagem do Planalto Norte Catarinense, sendo capazes de propiciar potencialidades para formar, numa escala local, dentro de comunidades em restauração, novas populações, facilitando a criação de novos nichos de regeneração e colonização, além de gerar, numa escala de contexto, novas situações de integração da paisagem regional”, comemora. “Soma-se a isto a capacidade de manter no campo um ambiente equilibrado, evitando processos erosivos, mantendo os fluxos da água, fazendo uma boa conservação do solo e, com este conjunto, mantendo os fluxos biológicos necessários para a conservação da biodiversidade”, complementa o coordenador do Laboratório de Restauração Ambiental Sistêmica da UFSC, onde novas concepções sobre a restauração dos ecossistemas naturais vêm sendo desenvolvidas para tornar compatível a conservação dos recursos naturais e os processos produtivos. A tese “Abordagem sistêmica para a restauração da paisagem” foi defendida em fevereiro, no auditório do Centro de Ciências Agrárias da UFSC, no bairro Itacorubi.
Mais informações: Com a autora: Deisy Regina Tres / E-mail: tres_deisy@yahoo.com.br / Fone: (11) 6492-9004 ou (48) 9925-6542 Com o orientador do trabalho: Ademir Reis / E-mail: ademir.reis.ufsc@gmail.com / Fone: (48) 3721-8539
Por Arley Reis / Jornalista da Agecom
Imagens cedidas pela pesquisadora Deisy Regina Tres

segunda-feira, 1 de março de 2010

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO

PARQUE NACIONAL ALTOS DA MANTIQUEIRA O Projeto/Proposta de criação e implantação do PARQUE NACIONAL ALTOS DA MANTIQUEIRA, elaborado pelo INSTITUTO CHICO MENDES/ MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (ICMBIO/MMA), ESTÁ ILEGAL, incompleto, e PRECISA SER IMEDIATAMENTE SUSPENSO.
É um projeto que fere direitos fundamentais da propriedade e coloca as autoridades locais, agricultores afetados e toda a população, em total constrangimento moral.A ausência da descrição técnico-jurídica da área do Parque é uma ilegalidade que transforma o aludido projeto num instrumento de violência e abuso aos direitos dos cidadãos, passível de punição judicial e indenização por danos morais. A Lei das Desapropriações é clara no sentido de que o poder público tem o dever de descrever tecnicamente o imóvel a ser desapropriado (limites e confrontações), fixando-lhe o justo valor. O Projeto do Parque Nacional Altos da Mantiqueira, além de não descrever os limites da área a ser desapropriada, disponibilizou na internet mapas imprecisos (que não fornecem aos proprietários das terras envolvidas a real situação do seu imóvel, ou seja, se está ou não está dentro do Parque). Com isso, o cidadão fica sem a possibilidade de defesa perante a atitude do poder público (isso também é proibido por lei). A ausência de um pré-estaqueamento dos limites do Parque gera os mesmos efeitos da ilegalidade e do constrangimento. Mesmo nas áreas consideradas bairros com alta densidade populacional, que, segundo o Projeto foram excluídas do Parque, não houve um trabalho de orientação, de visitação, de demarcação dos limites do Parque, insuflando nessas populações um estado de insegurança, medo, desconfiança sobre seu patrimônio e seu futuro (isso é constrangimento). Não é concebível que o poder público aja desta forma, trazendo a insegurança aos cidadãos; suas ações devem conter os princípios da constitucionalidade, da legalidade, da transparência, da objetividade, entre outros.Da mesma forma, e por outro lado, o aludido Projeto do Parque não apresentou qualquer estudo sócio-econômico, ou seja, não demonstra os impactos sociais do desemprego, do desabrigo de famílias, e suas conseqüências. Por este aspecto, também é ilegal, posto que deixa de colocar na balança o real interesse público de preservar o meio ambiente, diante dos impactos sociais resultantes (o interesse público em desapropriar qualquer área tem, sempre, que ser justificado sob todos os aspectos). Ressalta-se que, com as ilegalidades cometidas pelo Projeto, e os danos morais daí resultantes, existem fortes indícios de que o Poder Judiciário, acionado por aqueles que se sentem lesados, determine ao Ministério do Meio Ambiente e ao Instituto Chico Mendes, o pagamento de indenizações morais (o que seria um desnecessário gasto de dinheiro público face à irresponsabilidade de poucos inadvertidos criadores do Projeto).Há, ainda, que ser ressaltado o notório descaso com os demais Parques Nacionais que, sem recursos, sofrem desgastes de toda monta. Não houve, no Projeto, a nomeação/empenho da verba para as referidas indenizações das desapropriações (em vários casos de desapropriações o Governo não pagou aos proprietários os valores prometidos). Nem mesmo foi discriminado no Projeto o corpo de funcionários responsáveis por seu manejo e cuidado, nem a forma da investidura nesses cargos públicos.Por todas essas ilegalidades e equívocos, cabe ao MMA/ICMBIO retratar-se perante a população e, imediatamente, determinar a SUSPENSÃO DO PROJETO, até que tais irregularidades sejam sanadas. Cabe a todo Cidadão resguardar a correta atuação do poder público, o ordenamento jurídico do País, e os direitos de todos. O HOMEM DO CAMPO É A BASE DE TODA CIVILIZAÇÃO. CONSULTE SEMPRE UM PROFISSIONAL DO DIREITO.TRANSMITA ESTA MENSAGEM.

Texto de Carly Junqueira
http://mineirices.blogspot.com/2009/12/alerta-criacao-do-parque-nacional-altos.html