segunda-feira, 17 de maio de 2010

FETAEMG se une a agricultores e autoridades do Sul de Minas contra a criação do parque



Criação do Parque Altos da Mantiqueira causa polêmica.
Fetaemg se une a agricultores e autoridades do Sul de Minas contra a criação do parque.
A manifestação contra a criação do Parque Nacional Altos da Mantiqueira (Parna), em 16 municípios de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro foi durante a audiência pública da Assembléia de Minas Gerais, em Passo Quatro, no Sul de Minas, em 15 de abril. A Fetaemg teme que agricultores que vivem na região possam ser prejudicados já que, segundo a diretora do Polo Regional do Sul de Minas, Andréia de Fátima da Silva, não existe garantia de indenização das famílias. “São pessoas que vivem nessas terras há anos e que têm um valor sentimental muito grande por essas áreas. Há aí um problema econômico e social, já que essas famílias precisam da terra para sobreviver e não têm perspectivas caso sejam desapropriadas. Existe a preocupação com o êxodo rural e o desemprego.” A proposta de criação do Parque da Mantiqueira foi apresentada no fim de 2009 pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão do Ministério do Meio Ambiente. A proposta é preservar uma das áreas de mata atlântica mais importantes da Região Sudeste, mas o projeto prevê a desapropriação de 87 mil hectares em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo: 65,6% dessa área estão no estado de São Paulo, Minas tem 32,7%, o equivalente a 28.548 hectares, já o Rio de Janeiro responde por 1,7% da área. Em Minas Gerais o parque vai abranger extensões de florestas nos municípios de Delfim Moreira, Marmelópolis, Virgínia, Passa Quatro e, Itanhandu e Itamonte. O município de Passa Quatro, com 15 mil habitantes enquadra-se nos municípios mineiros com maior contribuição de áreas para o Parna - mais de 30% da área total do município. Pelo menos 50 propriedades rurais devem ser atingidas. Apesar de as áreas estarem preservadas, o ICMBio informa que muitos ecossistemas encontram-se fragmentados e ameaçados pro culturas, como reflorestamento de pínus e eucalipto.Andréia de Fátima, afirma que as mobilizações contrárias à criação do Parna irão continuar. Segundo a diretora, o próximo passo é a articulação junto ao Governo Federal para evitar que o presidente Lula assine o Decreto de criação do parque.

Nenhum comentário:

Postar um comentário